domingo, 14 de junho de 2015

SANGUE E SEGUE !



Hoje vamos escorrer sangue nesta crónica. O homem é a pior besta de si mesmo! Porquê? Porque  vemos na televisão e nos jornais as barbaridades dos árabes do Estado Islâmico e julgamos que tudo começou este ano ou no ano passado. Engano puro: o homem é um animal assassino desde sempre, desde que dois homens quiseram a mesma mulher ou a chefia do mesmo cantinho do mundo. As exceções, normalmente, são os que morreram.
Não vamos aos romanos que periodicamente arrasaram Jerusalém e mataram quem não conseguiu fugir, nem aos judeus que arrasaram romanos e outros imprevidentes que se meteram no seu caminho. Homens que mataram e homens que foram mortos são, infelizmente,  demais para o espaço de que dispomos aqui no jornal. E não precisamos recuar muito: a atualidade próxima serve perfeitamente
Resumamos alguns dos massacres que podem explicar muito do que nos horroriza nos meios de comunicação.
LISBOA - PORTUGAL 1506:
Acusados pela populaça de serem os causadores da seca, da fome e da peste, foram mortos selvaticamente centenas de judeus novos, portanto, já depois de convertidos à força ao cristianismo.
NANQUIM - CHINA 1937:
As tropas japonesas saquearam, violaram e massacraram mais de 155.000 chineses, civis e militares.
BABI  YAR - UCRÂNIA 1941:
Entre 29 e 30 de Setembro de 1941, foram mortos mais de 90.000 judeus.
CHARANDIRU - BRASIL 1992:
Na Casa de Detenção de S. Paulo, durante um motim, a Polícia Militar matou  111 presos sem sofrer baixas. O responsável foi julgado e condenado a 632 anos de prisão. Mas de seguida foi absolvido, mesmo a tempo de ser assassinado.
Porque o espaço, e a vontade do cronista de prosseguir nesta linha de horror não é, compreensivelmente,  muita, passa-se a apresentar apenas uma lista sucinta de horrores: Maomé teve que fugir de Meca para Medina com os seus seguidores para não serem mortos, o Holocausto de todos bem conhecido, os milhões de russos mandados chacinar ou morrer de fome e frio por Stalin, os índios da América, os mortos na Bósnia em 1995, os jahidistas que cortam o pescoço aos "infiéis", são coisas de que o Homem não se pode orgulhar.
O Homem mata, assassina, destrói o seu semelhante. A chamada fera mata para se alimentar. Afinal quem é o selvagem, o Homem que mata por prazer e sadismo até religioso, ou o bicho que na selva luta pela sua vida?
Por isto, por esta vergonha, é que não me importo com as notícias que vêm nos jornais sobre quem virá a ser o treinador de um qualquer clube de futebol na próxima época.

António Nunes de Almeida

14 de Junho de 2015

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